Dificuldade média
Resolução com IA

INSS 2025CEBRASPE-4504

Um caixa de supermercado de 61 anos de idade, portador de cardiopatia chagásica com antecedente de implante de marca-passo, relatou dispneia ao tomar banho havia três semanas, quando foi afastado do trabalho por médico assistente pelo período de 30 dias. Ele compareceu à perícia no 22 º dia do atestado. Na ocasião, relatou a persistência dos sintomas. Ao exame físico apresentou frequência cardíaca de 108 bpm, ritmo cardíaco regular em três tempos (terceira bulha) sem sopros e edema de tornozelos. O resultado do ecocardiograma demonstrou fração de ejeção de 28%. Ele estava em uso regular de furosemida, enalapril, espironolactona e carvedilol em doses máximas preconizadas.

Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.

O perito deverá acrescentar à prescrição médica empaglifozina, dada a comprovada redução de mortalidade com o uso desse medicamento nessas situações.

Resolução da IA

Gabarito:

A resposta correta é a A

Resolução:

O paciente em questão apresenta insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (FEVE 28%), sintomas persistentes (dispneia, taquicardia, terceira bulha e edema) e está em terapia otimizada com betabloqueador (carvedilol), inibidor da ECA (enalapril) e antagonista da aldosterona (espironolactona). Nesse cenário, a empaglifozina está indicada como parte do tratamento padrão, conforme diretrizes atuais, por reduzir mortalidade e hospitalizações por insuficiência cardíaca. O perito deve sim acrescentá-la à prescrição.

Conceitos importantes:

  • Inibidores de SGLT2 (como empaglifozina) são classe IA nas diretrizes de IC com FEVE reduzida
  • Terapia quadripla (betabloqueador + iECA/ARA + antagonista de aldosterona + inibidor SGLT2) é padrão-ouro
  • Benefícios independem de diabetes mellitus