INSS 2025CEBRASPE-4508
Um segurança particular de 49 anos de idade sofreu infarto agudo do miocárdio (IAM) anterior extenso, tendo sido submetido a tratamento conservador. Retornou ao trabalho assintomático e em condições clínicas satisfatórias após 30 dias de afastamento e, passados seis meses do IAM, teve insuficiência cardíaca classe funcional III (NYHA). Na ocasião, foi afastado do trabalho e submetido a cateterismo cardíaco, cujo resultado revelou disfunção ventricular esquerda severa, oclusão proximal da artéria descendente anterior e lesões graves das artérias coronárias direita, circunflexa e diagonal, todas sem condições técnicas de revascularização miocárdica. Ele permaneceu em licença para tratamento de saúde desde então. Após três anos do IAM, o paciente ainda se queixava de dispneia aos mínimos esforços, a despeito de tratamento clínico otimizado, e o resultado do ecocardiograma apresentou FE = 36%. No último mês, apresentou dois episódios de síncope sem pródromos.
Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item.
O periciado deverá ser aposentado por invalidez com revisão posterior.
Gabarito:
A resposta correta é a A
Resolução:
O caso descrito apresenta um paciente com quadro grave de insuficiência cardíaca (classe funcional III NYHA) após IAM extenso, com disfunção ventricular esquerda severa (FE=36%), lesões coronarianas irreversíveis e episódios de síncope. Esses elementos caracterizam incapacidade laboral permanente, conforme os critérios do INSS para aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, Art. 43). A revisão posterior é necessária pois a condição pode se agravar ou melhorar com o tempo.
Conceitos importantes:
- Invalidez permanente: incapacidade total e permanente para o trabalho
- Classe funcional NYHA III: sintomas com atividades físicas leves
- Fração de ejeção (FE) < 40%: indica disfunção ventricular significativa
- Síncope em cardiopatia: sinal de alto risco